sábado, 22 de novembro de 2008

Hollywood promete um Oscar mais popular em 2009

Estúdios fazem campanha para sucessos de bilheteria serem indicados.
'Wall-E' e 'Batman - O cavaleiro das trevas' estão entre apostas.


'Cavaleiro das trevas': sucesso de público pode levar ao Oscar (Foto: Divulgação)

Nos últimos anos, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas vem se distanciando do público, ao concentrar as indicações ao Oscar em filmes mais "cabeça" ou produções independentes, que na maioria dos casos têm bilheterias insignificantes ou ficam restritos ao circuito de arte e nem chegam ao grande público.

Mas, ao que tudo indica, essa dinâmica está com os dias contados. No Oscar 2009, Hollywood pretende aproximar o Oscar da platéia, priorizando sucessos de bilheteria para disputar as estatuetas. Este mês, os estúdios iniciaram suas campanhas para tentar emplacar filmes na premiação, investindo em candidatos que já tiveram aprovação plena do público.

A Warner Bros, por exemplo, planeja promover a candidatura de "Batman - O cavaleiro das trevas", que alcançou a segunda maior bilheteria da história nos EUA, mais de US$ 500 milhões em arrecadação. Na disputa, o estúdio pretende emplacar na categoria melhor filme e melhor ator coadjuvante, para Heath Ledger, morto em janeiro.

Para se ter idéia, a bilheteria de "Cavaleiro das trevas" supera de longe os números somados dos quatro últimos vencedores do Oscar de melhor filme - "Onde os fracos não têm vez", "Os infiltrados", "Crash - No limite" e "Menina de ouro", que juntos atingiram uma bilheteria de não mais que US$ 360 milhões.

Fazendo uso da mesma estratégia, a Paramount aposta suas fichas na adaptação "Homem de Ferro" - que arrecadou mais de US$ 318 milhões nos EUA - para melhor filme e ator, com Robert Downey Jr., que também pode ser indicado como ator coadjuvante por conta da comédia "Trovão tropical", outro sucesso de bilheteria.

Já a Disney foi ainda mais ousada e optou por investir na animação "Wall-E" para competir à estatueta de melhor filme. Apesar de trazer poucos diálogos e girar em torno de uma temática séria, o longa de Andrew Stanton teve ampla aprovação da crítica internacional e uma bilheteira gorda, de mais de US$ 223 milhões nos EUA.

Se a história do robozinho ganhar, será a primeira vez que uma animação conquista o título. Em 1991, o estúdio conseguiu emplacar a animação "A bela e a fera" como indicado na categoria.

Brad Pitt envelhecido em 'The curious case of Benjamin Button' (Foto: Divulgação)

Lançamentos

E não pára por aí. Os estúdios ainda têm outros "blockbusters" para lançar antes do anúncio dos indicados ao Oscar, em 22 de janeiro.

A Paramount guarda a fantasia "The curious case of Benjamin Button", estrelada por Brad Pitt, para o lançamento no Natal. O filme, dirigido por David Fincher (de "Clube da luta"), conta a história de um homem que nasce velho e fica mais jovem a cada ano.

O mesmo estúdio também aposta no romance "Revolutionary road", que traz de volta os protagonistas de "Titanic", Leonardo Di Caprio e Kate Winslet, novamente juntos. Desta vez, a dupla vem dirigida por Sam Mendes, que abocanhou cinco estatuetas, incluindo a de melhor filme, em 1999, com "Beleza americana".

Há ainda o épico "Austrália", com Nicole Kidman e Hugh Jackman, que leva o título do longa-metragem mais caro da história do cinema autraliano. Assinada pelo diretor de "Moulin Rouge", Baz Luhrmann, a superprodução da Fox também é um forte concorrente à premiação da Academia com perfil arrasa-quarteirão.

Pelo aumento da audiência

Essa aproximação do público pode ser motivada por uma necessidade de aumentar a audiência da entrega do Oscar, transmitida pelo canal americano ABC.

A 80ª edição do Oscar, a mais recente da premiação, exibida em fevereiro, foi a menos assistida da história do Oscar, com audiência de 32 milhões de espectadores nos EUA, de acordo com a empresa Nielsen Edi. O grande vencedor da noite, "Onde os fracos não têm vez", dos irmãos Ethan e Joel Coen, teve uma bilheteria pouco expressiva naquele país, de US$ 64 milhões.

A maior audiência da história do Oscar foi alcançada em 1998, com uma média de 55 milhões de espectadores. Foi nessa edição do prêmio que o recordista de bilheteria "Titanic" (que faturou mais de US$ 600 milhões nos cinemas) conquistou 11 estatuetas.

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