sábado, 9 de janeiro de 2010

'Sherlock Holmes' renova o célebre detetive britânico

Robert Downey Jr. dá vida nova ao personagem de sir Arthur Conan Doyle.
Diretor Guy Ritchie aparece em seu melhor estado, divertido e saboroso.
 
Aproveitando o lado marginal da personalidade do próprio ator que o interpreta, Robert Downey Jr., bem como o sucesso de sua recente participação em aventuras como "Homem de Ferro", o diretor inglês Guy Ritchie injeta sangue novo em "Sherlock Holmes" - baseado no personagem do detetive criado em 1887 por sir Arthur Conan Doyle. O filme estreia nesta sexta (8) em todo o Brasil, com 304 cópias.

Tratando com bastante liberdade o personagem, conhecido por sua esperteza e poder de dedução, Ritchie abre mão da maior parte de sua tradição, como os até agora inseparáveis cachimbo, chapéu de caçador e a frase "elementar, meu caro Watson" - que era sempre usada para seu habitual parceiro, o médico John Watson (Jude Law). Assim, dá força total a uma atualização da imagem de Holmes, tornando-o um personagem atlético, quase um heroi de ação sem superpoderes.

Nesta nova encarnação, Sherlock gosta de luta livre por esporte. Mesmo sendo bem-humorado, ele tem um lado sombrio. Seu quarto parece o de um feiticeiro, numa confusão de poções - que ele testa no cachorro de Watson -, bebidas, papeis e todo tipo de bugigangas, além de armas de fogo.

A fotografia de um antigo amor, Irene Adler (Rachel McAdams)), está sobre uma mesa para lembrar que dentro desse peito bate um coração. Muito embora a lembrança da moça, uma vigarista que o deixou na mão, não seja das melhores.

Diferentes em quase tudo, o organizado Watson e o desordeiro Holmes unem suas forças para enfrentar magia negra. No caso, uma sociedade do mal orquestrada pelo sinistro lorde Blackwood (Mark Strong), responsável por uma série de assassinatos rituais e capaz de fazer quase todos acreditarem que ressuscitou após o próprio enforcamento.

Blackwood é muito eficiente para dominar pessoas influentes, como políticos e juízes, tornando-se extremamente perigoso. Sorte que a Inglaterra pode contar com dois guardiões da liberdade charmosos e eficientes como Holmes e Watson, além de uma ajudinha da malandra Irene - que volta à cena e prova muita habilidade.

No saldo geral, Guy Ritchie faz boa figura e mostra que está se reinventando também, depois da relativa decepção de seu último filme antes deste - "Rocknrolla - A Grande Roubada" (2008). Reinventando, mas nem tanto. Estão aqui sequências visuais de arrepiar - como uma cena numa ponte semidestruída, a centenas de metros de altura, cheia de efeitos especiais. Mas o diretor recorre também a suas habitais câmeras lentas para valorizar os detalhes das lutas e aos flashbacks acelerados, para recapitular passagens complicadas.

Enfim, é um Ritchie no seu melhor, divertido e saboroso. E com final apontando certeiro para o início de mais uma franquia, para a qual Brad Pitt já teria sido sondado para interpretar Moriarty, o eterno inimigo de Holmes.

Somos o antídoto a 'Crepúsculo', diz Ethan Hawke sobre seu filme de vampiros

'Daybreakers' estreia nesta sexta-feira (8) nos EUA.
Longa tem no elenco Willem Dafoe, de 'Anticristo'.

Foto: Lucas Jackson/Reuters
Lucas Jackson/Reuters
Os atores Ethan Hawke e Willem Dafoe em cena de 'Daybreakers' (Foto: Lucas Jackson/Reuters)
 
Hollywood pegou a febre dos vampiros, e o ator Ethan Hawke espera tirar vantagem dessa mania com seu papel no filme "Daybreakers". O filme, que estreia nesta sexta-feira (8) nos Estados Unidos, chega aos cinemas ao mesmo tempo em que Hollywood explora um novo romance com os sugadores de sangue imortais.

Os filmes da saga "Crepúsculo" estão arrecadando milhões de dólares nas bilheterias, apelando principalmente a adolescentes. O sucesso de crítica "True Blood", que entra em sua terceira temporada neste ano no canal de TV a cabo HBO, mira adultos com seu conteúdo sexual e comentários sociais.

Mas Hawke (de "Antes do Por-do-Sol") disse que ainda há espaço para "Daybreakers" na lotada dança vampiresca de Hollywood. "Somos o antídoto para 'Crepúsculo' e 'True blood' e coisas assim. Somos um filme de horror da velha escola", disse Hawke à Reuters.

"Minha esperança é a de que nós vamos acabar a inundação do gênero. Há sempre o ponto de saturação. Talvez (sua popularidade) tenha terminado há duas semanas, mas eu acho que não", disse ele.


  Sangue sem culpa

Em "Daybreakers", Hawke interpreta um cientista vampiro que vive em um mundo onde os sugadores de sangue são a espécie dominante. Os seres humanos escassearam porque viraram comida, mas o personagem de Hawke está tentando encontrar um sangue substituto para que os vampiros possam se alimentar sem culpa. O filme tem ainda no elenco o ator Willem Dafoe, de "Anticristo".

Hawke diz que a natureza da ficção-científica de "Daybreakers" e a alegoria dos recursos naturais secando afastam o filme dos contos adolescentes como "Crepúsculo". Ele descreve o drama como "o primeiro filme de vampiro pós-adolescente" nos últimos anos.

Hawke leu o roteiro antes da estreia de "Crepúsculo" nos cinemas em 2008, que já arrecadou US$ 383 milhões nas bilheterias mundiais. A sequência "Crepúsculo: Lua Nova" arrecadou US$ 693 milhões.

"Eu li o roteiro e pensei, 'gente, é hora de trazer de volta os vampiros'. Mal sabia que havia muito mais gente com a mesma ideia", disse.

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