Opinião: só beleza de Gianecchini e Paola Oliveira salva 'Entre lençóis'
Filme é dirigido pelo colombiano Gustavo Nieto Roa.
Na história, casal se conhece na balada e passa a noite em motel.
Um jovem casal se conhece na balada, dança junto e acaba num motel. A cena corriqueira dá início ao filme "Entre lençóis", protagonizado por Reynaldo Gianecchini e Paola Oliveira, que entra em cartaz nesta sexta-feira (5) nos cinemas.
Dirigido pelo colombiano Gustavo Nieto Roa, o longa é conduzido o tempo todo pelos dois atores, numa única locação, sempre dentro do quarto do motel onde eles passam a noite. A beleza indiscutível de ambos - enaltecida à exaustão pelo diretor - serve também como uma espécie de "cenário" para o filme. Corpos à mostra sem comedimento, os dois passam o filme todo nus, ou quase, estejam fazendo sexo ou apenas conversando sobre trabalho ou família.
Paola em sua estréia no cinema e Gianecchini em seu quinto longa-metragem fazem o melhor. Se esforçam para soarem naturais, se expõem, têm juntos momentos adoráveis e engraçados. Destaque para a cômica cena de striptease protagonizada por ele - na qual havia "escapado" um nu frontal, mais tarde cortado do longa por ser considerado pelo ator "agressivo e desnecessário".
Outros filmes já voltaram suas câmeras para o sexo e as DRs (discussão de relacionamento) de forma brilhante, mas para isso é necessário um roteiro que reúna diálogos inteligentes e temas inusitados. Quem já viu por exemplo a genial dupla "Antes do amanhecer" (1994) e "Antes do pôr-do-sol" (2004), de Richard Linklater, sabe disso.
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